VER, SOFRER E… VENCER
O Infesta venceu o Salgueiros numa partida onde não faltou espectáculo, nervos, emoção e uma mão cheia de golos. Com este resultado os matosinhenses conseguiram vencer pela primeira vez nesta fase da prova.

miguel.rocha@onortedesportivo.com
Em jogo a contar para a 4.ª jornada do Apuramento de Campeão do Distrital de iniciados, o Infesta recebeu e venceu um Salgueiros que vinha moralizado do triunfo no reduto do FC Porto na passada ronda (3-2).
Com o conhecimento de que uma derrota significava dizer adeus à conquista do ceptro, os matosinhenses operaram a reviravolta no marcador ainda na primeira parte, tendo depois sofrido o empate no início da etapa complementar, mas sem nunca baixar os braços procuraram sempre o golo e acabaram por serem mais felizes na hora da verdade, conquistando assim os primeiros três pontos na última fase da prova. Vamos por partes…
O Salgueiros começou o desafio praticamente a ganhar devido ao golo madrugador de Edgar, apontado aos três minutos, numa jogada bastante confusa na área dos de S. Mamede, em que a defesa não conseguiu colocar a bola fora de perigo, após jogada individual de Miguel no corredor direito.
Este tento galvanizou os visitantes que chegaram ao empate, quando o relógio apontava os 25 minutos, por intermédio do «central» Pinheiro que subiu à área contrária para cabecear a bola para o fundo da baliza, na sequência de um pontapé de canto marcado por Luís.
Volvidos oito minutos, o Infesta consegue a «cambalhota» no marcador. Luís, a desmarcação de Paulo Silva, coloca a sua equipa em vantagem não perdoando em frente ao guardião Tiago.
O segundo tempo começou à semelhança do primeiro. Aos 38 minutos, o Salgueiros introduz a bola dentro da baliza por Daniel Silva, mas na altura do cruzamento de Pedro Gomes a bandeirola subiu. No entanto, já estava destinado que o avançado forasteiro iria fazer o gosto ao pé. Volvidos dois minutos, Daniel Silva recebe a bola atrás da linha de meio-campo e depois de uma «cavalgada» impressionante só teve que escolher o lado (direito) por onde a bola beijaria as redes da baliza do desamparado Júlio.
Todavia, durou pouco a igualdade. Aos 42 minutos, Pinheiro aparece solto na área, fazendo o «bis» no encontro, mas com muitos protestos dos jogadores do Salgueiros, que ficaram a pedir fora-de-jogo.
Até ao apito final de Silva Leal, os de Vidal Pinheiro ainda tiveram a oportunidade para conseguir a divisão de pontos. Aos 67, na marcação de um livre em posição frontal, André Toste atira para defesa incompleta de Júlio com a bola ainda a bater no ferro superior da baliza.
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FICHA
Infesta
Júlio; Sousa II (Ferreira, 70), Daniel, Pinheiro e Sousa II; Paulo, André (Cap.) e Brian; Sousa, Luís (João, 57) e Paulo Silva.
Treinador: José Morais.
Salgueiros
Tiago Cruz; Nuno Azevedo, Tiago Monteiro, Pedro Gomes e Daniel Pereira; João Lindo, João Pinha (André Toste, 62) e Edgar (Bruno Monteiro, 52); Miguel, Nuno Rios e Daniel Silva.
Treinador: Manuel Leão.
Árbitro: Silva Leal, auxiliado por Rui Eiras e Vítor Dias. Jogo disputado no Campo da Arroteia, em Matosinhos. Ao intervalo: 2-1. Marcadores: Edgar (3), Pinheiro (25 e 42), Luís (33) e Daniel Silva (38). Cartões amarelos: Paulo (57), Cláudio (68), João (69), Sousa II (70) e Ferreira (70).
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TREINADORES
ESTADOS
DE ESPÍRITO
E OPINIÕES DISTINTAS
MR
No final do encontro, o estado de espírito dos dois treinadores era bastante diferente. Bem mais sorridente José Morais, técnico do Infesta, sabia da importância na vitória para manter as aspirações do título ou de uma possível ao Nacional intactas. “Sabíamos que era bastante importante rectificar as prestações anteriores. Sofremos, mas vencemos sem margens para dúvida”, acrescentando ainda que: “Houve muito suor na segunda parte, que não foi tão bem jogada como a primeira, mas conseguida. No entanto, foi um resultado justíssimo, mas acabámos por ter a pontinha de sorte”.
Com esta vitória, o Infesta trouxe mais emoção à prova e nada melhor que um jogo na casa do FC Porto já na jornada seguinte. “Temos que pensar jogo a jogo, mas no próximo, que será mais uma final, vamos deixar as camisolas dentro do campo para conseguir o melhor resultado possível”.
Mais cabisbaixo, o timoneiro do Salgueiros, Manuel Leão, justificou a derrota com a exibição apática na primeira parte. “Entregámos o jogo nos primeiros 35 minutos ao Infesta. Se tivéssemos a mesma atitude do segundo tempo o resultado teria sido diferente, mesmo assim, o empate era o desfecho mais justo”.
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Fonte: Norte Desportivo
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