COM UMA CRUZ CHEIA DE ALMA
O Salgueiros iniciou da melhor forma a fase final do Distrital de Iniciados e o respectivo «assalto» aos Nacionais. Ainda assim, teve de sofrer bastante para conseguir vencer um Infesta bem organizado.
Ricardo Alves Rodriguesricardo.rodrigues@onortedesportivo.com
Dois golos apontados por Sérgio Cruz (35 e 50) ditaram a reviravolta do Salgueiros já depois dos mamedenses se terem adiantado no marcador, à passagem do minuto 17, através de uma grande penalidade indiscutível, cobrada por Brian.
Aliás, do lance que originou o penálti resultaram protestos por parte dos responsáveis do Infesta, pelo facto do árbitro não ter expulso João Lindo que impediu, com a mão, que o esférico entrasse na baliza. E com razão, uma vez que o médio dos «encarnados» substituiu claramente o seu guarda-redes aquando do remate que se encaminhava para a baliza.
O Infesta entrou melhor na partida e foi o conjunto mais esclarecido nos primeiros minutos. Com dois avançados rápidos nas alas (Sousa I e Paulo Silva), o ataque dos de S. Mamede ia dando «água pelas barbas» ao último reduto salgueirista e logo nos momentos iniciais o guardião do Salgueiros, Paiva viu uma bola embater na barra.
Não foi, por isso, com surpresa que os forasteiros se adiantaram no marcador. Este tento acabou por «espicaçar» os da casa que se balancearam no ataque na procura do empate. No entanto, face à mobilidade dos dois avançados do Infesta, os laterais salgueiristas não foram muito em aventuras na frente.
Ainda assim, no declinar do primeiro tempo, Sérgio Cruz ganhou um ressalto e já dentro da área rematou imparável para fundo das redes, restabelecendo a igualdade.
Para o segundo tempo, a equipa de Paranhos entrou mais expedita e libertou-se da ansiedade que tinha tido ao longo da primeira parte. Pedro Gomes deu o primeiro aviso após cabeceamento que levou perigo à baliza de Júlio, mas seria de novo Sérgio Cruz a dar os três pontos, quando surgiu completamente solto em pleno coração da área só tendo de rematar para o 2-1.
O Infesta carregou e Paulo Silva por duas vezes (quase) consecutivas não teve a felicidade na concretização, enviando, numa das oportunidades, o esférico à barra, perto do final do encontro.
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ficha
Salgueiros
Paiva; Nuno Azevedo, José Gonçalves (Pedro Gomes, aos 27), Tiago Monteiro e Edgar Firmino; João Lindo, Nuno Rios (Silva, 66); Daniel e Miguel Moreira; André Tost (Hugo Bastos, 27) e Sérgio Cruz (Bruno Monteiro, 61). Treinador: Leão
Infesta
Júlio; João (Sousa II, 63), Cláudio, Pinheiro e Daniel; João Paulo, Brian, Hélder (Nuno, 43) e Alves (Ferreira, 22); Sousa I e Paulo Silva. Treinador: José Morais
Árbitro: Paulo Ribeiro, do Porto. Jogo no Campo do Ramaldense, no Porto. Ao intervalo: 1-1. Marcadores: Brian (17, de g.p.) e Sérgio Cruz (35 e 50). Cartões amarelos: João Lindo (16 e 52), Hélder (19), Sérgio Cruz (50), Nuno Azevedo (51), João (54) e Silva (70+2). Cartões vermelhos: João Lindo (52).
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LEÃO
FOI FUNDAMENTAL VENCER RIVAL DIRECTO
RAR
Para Leão, técnico do Salgueiros, “a vitória é justa”, justificando que a sua equipa “teve garra para ultrapassar as contrariedades” que teve de se deparar ao longo da partida. “Pela determinação que tivemos ao longo de todo o jogo o resultado é justo. Perante um adversário difícil conseguimos dar a volta ao marcador”, afirma Leão.
O «timoneiro» do clube de Paranhos afiança que este “triunfo é importantíssimo para as contas finais”. E sustenta: “Nesta fase tudo é possível, mas sabemos que resultados negativos em tão poucas jornadas podem deitar tudo a perder. Conseguimos três pontos fundamentais perante um adversário directo que nos dá alguma tranquilidade para encarar a fase inicial”.
Leão tem consciência que nesta etapa do campeonato, que apura o campeão e a equipa que sobe ao Nacional de Iniciados, “é mais equilibrada e será disputada até ao fim”, mas, segundo o técnico, o “Salgueiros vai lutar pela subida”. Por outro lado, o FC Porto é de entre as restantes três formações aquela que não pode subir – aspira apenas ao título distrital, uma vez que já possui uma equipa no Nacional.
”Pela determinação que tivemos ao longo de todo o jogo o resultado é justo”
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JOSÉ MORAIS
PELAS OCASIÕES MERECÍAMOS
OUTRO RESULTADO
Inconformado com a derrota, o técnico do Infesta José Morais assevera que “pelas oportunidades criadas os seus jogadores mereciam outro resultado que não a derrota”. Por outro lado, Morais recorda o lance que “dá a grande penalidade claríssima ao Infesta”, lamentando o facto do “árbitro não ter sancionado disciplinarmente com o respectivo cartão vermelho”. Apesar do desaire, o treinador dos mamedenses está “confiante na subida de divisão”.
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